No Paquistão, um caso alarmante de sequestro e casamento forçado envolvendo uma menina cristã de 12 anos trouxe à tona a grave questão da proteção das minorias religiosas no país. Fairy Shaukat, a mais nova de oito filhos de Parveen Shaukat, uma viúva católica, foi sequestrada em 9 de agosto por Muhammad Asad, um homem muçulmano, na área de Habibabad Mandi, em Pattoki Tehsil, no distrito de Kasur, província de Punjab.
Parveen Shaukat contou que sua filha havia saído para comprar mantimentos, mas não retornou. Após uma busca desesperada, a família registrou uma queixa na polícia, que, segundo Parveen, mostrou-se indiferente e atrasou o registro do First Information Report (FIR), essencial para iniciar uma investigação formal. Um vizinho informou à família que viu Fairy sendo levada por Asad, mas, mesmo com essa informação, a polícia não agiu de imediato, permitindo que o sequestrador convertesse a menina ao Islã e se casasse com ela em um ritual islâmico.
A mãe relatou que só em 10 de agosto, um dia após o sequestro, a polícia registrou oficialmente o caso. No entanto, a demora permitiu que Asad realizasse o casamento. No dia 13 de agosto, a família recebeu, via WhatsApp, a certidão de casamento islâmico de Fairy, enviada de um número desconhecido. Desde então, a mãe não tem notícias da filha e teme por sua segurança, acreditando que a menina foi forçada a se converter e a se casar.
Segundo Morning Star News, diante da inação policial, a família buscou assistência jurídica com a advogada cristã Sumera Shafique, que está levando o caso ao Tribunal Superior de Lahore. Shafique critica a atitude da polícia em casos que envolvem menores de idade pertencentes a minorias religiosas, alegando que a falta de ação imediata permite que os criminosos perpetuem seus abusos. A advogada pretende acusar o suspeito de crimes graves, incluindo casamento infantil e estupro, além do sequestro.